15/05/2012

Fratura Peniana - Quando acontece?

Esses dias escutei uma conversa em tom de brincadeira a respeito de fratura peniana e resolvi pesquisar.
Uns dizem que é comum acontecer nas relações sexuais (sexo selvagem) principalmente quando a mulher está por cima. Eu, particularmente nunca tinha ouvido falar desse tipo de desastre.

Mas especialistas dizem que isso não é muito comum, precisa acontecer um "tranco" muito forte.
A fratura peniana ocorre quando há o dobramento do pênis (ai que medo!) e rompimento da túnica albugínea, responsável pela ereção. É estranho imaginar a fratura de um pênis...





O que é?


A fratura de pênis é o rompimento dos corpos cavernosos conseqüente a um trauma durante a ereção. É um acidente raro.


Quando e como ocorre?


A fratura peniana ocorre quando uma força externa é aplicada sobre os corpos cavernosos durante a ereção. Nesse período, as camadas (túnica albugínea) que envolvem os corpos cavernosos perdem sua elasticidade e ficam mais finas. A grande pressão interna dos corpos cavernosos, quando encontra uma força externa, faz com que haja uma ruptura da túnica albugínea geralmente transversal.

Vários mecanismos causando a fratura peniana são citados na literatura. 

O mais comum é no coito vaginal, quando o pênis escapa do interior da vagina, chocando-se contra o períneo ou contra a sínfise púbica (osso). Os corpos cavernosos tendem a se curvar de uma maneira extrema com conseqüente fratura.
Outro mecanismo descrito como causa de ocorrência de fratura, também durante relações sexuais, é quando a mulher fica na posição “por cima”.
A tentativa de desfazer a ereção com a mão, curvando o pênis para baixo, já foi descrito como possível causa de fratura do pênis.
A interrupção rápida e inesperada do ato sexual (por exemplo, por presença inoportuna de criança no quarto), também já foi relatada como causa de fratura peniana.

O rompimento dos corpos cavernosos pode ser mínimo, bem como pode envolver estruturas vizinhas, tais como o corpo esponjoso e a uretra.


Como se manifesta?


Quando ocorre a fratura, os pacientes relatam ouvir um “estalo” acompanhado de dor e perda da ereção. Há formação de hematoma com aumento e deformidade do pênis. Se a uretra foi atingida, dificuldade para urinar ou sangue na urina acompanham o quadro clínico.


Como se faz o diagnóstico?


A história do paciente e os achados de exame físico fazem facilmente o diagnóstico. Em alguns casos mais complexos, há necessidade de outras informações, tais como: 

a extensão da ruptura,
presença de envolvimento dos dois corpos cavernosos,
se a uretra foi atingida.

Nesses casos, exames radiológicos – cavernosografia, uretrocistografia – podem ser solicitados.


Como se trata?


O tratamento da fratura peniana foi controverso durante muito tempo. Alguns autores propunham tratamento conservador e não cirúrgico através de analgesia, antiinflamatórios, antibióticos, supressão da ereção e curativos compressivos.

Entretanto, era alta a ocorrência de complicações, tais como fibrose deformante do pênis, formação de abscessos, placas de corpos cavernosos. Atualmente, o tratamento cirúrgico é o mais utilizado, realizando-se: 

drenagem do hematoma,
controle da hemorragia,
sutura da ruptura dos corpos cavernosos e da uretra - quando esta ocorrer.

O tratamento conservador está indicado em fraturas pequenas com hematomas pequenos e rupturas mínimas de corpos cavernosos.


Qual é o prognóstico?


Quando tratada precocemente, a fratura peniana tem bom prognóstico. O tratamento conservador e o cirúrgico, quando indicados corretamente, fazem com que o pênis volte ao seu estado natural. Há casos em que o paciente fica constrangido com a situação, não procurando o médico. Nessas situações, pode haver aumento da hemorragia com conseqüente formação de um hematoma ainda maior, deformidades importantes do pênis, formação de abscesso, coleção anormal de urina extravasada da uretra, piorando o prognóstico.

A fratura pode causar impotência sexual (disfunção erétil). Se o tratamento for mal conduzido, pode ocorrer fibrose de corpos cavernosos com formação de placas no seu interior. O tecido erétil, portanto, é substituído por tecido não erétil, levando a uma incapacidade de se conseguir ereção.

Fonte: www.abcdasaude.com.br