28/03/2012

Anorgasmia - disfunção orgásmica

A anorgasmia ou transtorno do orgasmo feminino é a falta de sensação de orgasmo na relação sexual. Pode ser primária, quando a mulher nunca teve orgasmo na vida, ou secundária, quando tinha orgasmos e passou a não tê-los mais. Ainda pode ser classificada em absoluta, quando a anorgasmia ocorre sempre, e situacional quando ocorre só em certas situações (por exemplo, em certos locais em que a pessoa não se sente confortável).

A anorgasmia não deve ser considerada uma doença física ou algo do tipo. Não é considerado anorgasmia se a mulher é capaz de atingir o orgasmo por meio de automanipulação do clitóris. A freqüência desse transtorno é muito alta, sendo que acomete de 50% a 70% das mulheres, segundo pesquisas realizadas. A mulher com anorgasmia pode aproveitar plenamente das outras fases do ato sexual, isto é, tem desejo, aproveita as carícias e se excita, porém algo a bloqueia no momento do orgasmo.


Causas

As causas da anorgasmia são principalmente psicológicas, onde podemos citar a falta de intimidade com o próprio corpo; a falta de intimidade com o(a) parceiro(a); a dificuldade de estar inteira, tranquila e à vontade no contato com o outro no momento da relação sexual; educação sexual castradora, fatores religiosos, tabus, crendices, violência sexual (abuso ou estupro), medo de engravidar, experiências obstétricas traumáticas, envelhecimento, dificuldades do cotidiano, baixa auto-estima, ansiedade, excessiva preocupação com o desempenho, insegurança, estresse, depressão e desconhecimento do próprio corpo.

Problemas clínicos também podem causar anorgasmia, por exemplo, acidentes que atingem a medula espinhal, alterações hormonais, corrimentos vaginais freqüentes ou ainda anormalidades na forma da vagina, do útero ou dos músculos que formam a região pélvica.



Tratamento

O tratamento passa basicamente pela psicoterapia. Dependendo do caso o indicado pode ser a terapia individual para a pessoa que esteja vivenciando este quadro, a terapia de casal ou ainda a junção dos dois processos. O acompanhamento psicoterápico visa:

- Eliminar as atitudes negativas e prejudiciais em torno da sexualidade em geral e sobre o orgasmo em particular;
- Melhorar a relação através da comunicação entre os parceiros;
- Programa de habilidades sexuais, que consiste em uma série de exercícios específicos para a disfunção.

Um tratamento muito eficaz também é a fisioterapia ginecológica que trata a anorgasmia com um trabalho de fortalecimento do assoalho pélvico e ajuda a mulher na busca do autoconhecimento do corpo.